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Maria Beltrão: confidências de uma jornalista no entretenimento

14/04/2023

A jornalista Maria Beltrão sacudiu a rotina profissional em 2022. Trocou os 25 anos de Globo News pela largada no entretenimento. Passou a integrar o time de apresentadores do programa de variedades É de casa, da Globo. Nem por isso desapegou-se das notícias e das crônicas do dia a dia, muito menos do bom humor. Ingredientes reunidos no seu primeiro livro, “O amor não se isola: um diário com histórias, reflexões e algumas confidências”, publicado em 2020.

Maria detalhou a experiência, na quarta-feira (12), a alunas e alunos de Comunicação da PUC-Rio. A convite do professor Sergio Mota, contou como utilizou a técnica morning pages na criação da obra.  Acompanhada da habitual gargalhada, emocionou-se ao expor os desafios de lidar com a transição na carreira consolidada no hard news. Também revelou, ao auditório lotado, seus planos na televisão. (Veja a íntegra do papo no canal do Departamento de Comunicação no YouTube:https://www.youtube.com/watch?v=vEFs84ljnm0) 

A protagonista do segundo encontro no ano do projeto Conversas para ler antes de desaparecer, organizado por Mota, lembrou que escreveu seu livro despretensiosamente, depois de conhecer o método morning pages, criado pela jornalista americana Julia Cameron. A técnica consiste em escrever ao menos três páginas de pensamentos todos os dias.

Embora o método seja voltado ao auto-conhecimento, não raramente rende boas histórias. As de Maria foram arquitetadas na pandemia, inicialmente para controlar a ansiedade decorrente da perda forçada do contato familiar. Assim ela escreveu, aos poucos, as páginas convertidas no primeiro livro.

“As três páginas eram totalmente aleátorias. Você escreve sobre o que quiser. Às vezes, eu acordava e escrevia sobre musical. Outras vezes, sobre uma lembrança de infância e sobre a minha fé, sobre o que eu queria, quase Seinfield (série de comédia dos anos 1990 centrada em situações aletórias do cotidiano)”, comparou a jornalista.

 Não menos marcante foi a transição para o entretenimento, depois de um quarto de século mergulhada no noticiário pesado no hard news. Uma mudança, contudo, até certo ponto inevitável. Não só porque Maria já almejava os novos trilhos havia algum tempo, mas também por uma crescente articulação entre jornalismo e entretenimento:

“O jornalismo vem migrando para o entretenimento. Não dá para diferenciar uma coisa da outra nesse mundo de hoje. Sou uma jornalista no entretenimento”, sintetizou. “Além disso, percebi que, no entretenimento, tenho mais tempo para cuidar da saúde”.

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 Texto de Camila Perecmanis e Camila Oliveira


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