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Olhares femininos sobre caminhos e desafios do audiovisual

09/05/2023

As transformações do setor audiovisual permearam as cinco palestras do evento Encontros Narrativos: transformações do mercado audiovisual. Nesses encontros organizados pelo professor Bruno Dieguez, cinco profissionais da área debateram temas como rumo do mercado, brand entertainment, influência digital e estratégias para construir o sucesso na televisão. 

A ideia de reunir nos Encontros Narrativos um grupo exclusivamente feminino inspirou-se, conta Dieguez, no podcast de Bruna Demaison, Umas por Outras, que reúne mulheres do mercado de entretenimento e audiovisual para compartilharem dicas e experiências. “Pensei nessas transformações do mercado audiovisual e, nesse período, escolhi trazer profissionais mulheres, pela primeira vez. Percebi que seria legal fazer isso, trazer esse assunto à tona”, conta o professor. 

Abaixo, algumas das principais observações feitas por cada uma das convidades:  

Maria Carolina Telles

A showrunner da Amazon Studios Maria Carolina Telles destacou, na abertura da série de palestras, a importância de os profissionais e produtos da área ajustarem-se aos diferentes posicionamentos no mercado. Aos estudantes que lotavam a sala K 102, ela ressalvou: "Estar na liderança não é estar no poder de todas as opiniões, e às vezes é melhor dar um passo para trás e deixar os colegas de trabalho dialogarem". (Assista o bate-papo no Youtube: https://www.youtube.com/watch?v=xE2-H3QKzNg)

A também jornalista ainda discutiu impasses e desafios enfrentados pela mulher na indústria brasileira do audiovisual. “Tem que estar atenta com assédio o tempo inteiro. Ele vem de formas disfarçadas. Ainda existe muito na nossa indústria. Precisamos ter o crédito, a palavra, saber nos colocar”, recomendou.

Fernanda Menegotto

Brand Entertainment foi o assunto principal da segunda palestra, regida pela jornalista e executiva do audiovisual Fernanda Menegotto. Guiada pelo marketing, a nova estratégia de mídia busca ajudar marcas a contar histórias para criar uma conexão emocional com a audiência. De acordo com um estudo da empresa de gestão Accenture, a tendência resuita de uma crescente cobrança dos consumidores por inovações e responsabilidade social. 

A cofundadora da agência Vbrand, que desenvolve conteúdos audiovisuais para marcas de vários segmentos, apontou as produções true crime (inspiradas em crimes reais) e séries médicas.como gêneros que mais crescem nesse mercado. 

Didi wagner

A apresentadora Didi Wagner abriu a terceira palestra contando como a carreira de influeniadora digital articula-se com a experiência autônoma no audiovisual. Aos estudantes, ela recomendou o conhecimento do público, indispensável para a eficiência da comunicação: "Encontrar o seu nicho é fundamental para dar certo nas redes sociais". Em tom de brincadeira, Didi emendou: “O melhor esquema para viralizar é virando meme” .

O papo abordou também desafios dos programas ao vivo. A apesentadora ressaltou a importância do planemaneto para contornrar eventos problemas. Didi ponderou que, apesar de ela ter "grande preparo, imprevistos sempre acontecem", como barulhos externos ou falha de comunicação com o entrevistado.

Bruna Demaison

Expansão de marca foi um dos temas comentados pela coordenadora de Conteúdo do canal Multishow Bruna Demaison. Responsável pela marca do programa Saia Justa, Bruna explicou que o objetivo era expandi-la além da televisão. Em um ano, reformulou o programa para que que fosse notado nos meios sociais, fora do horário de exibição. Investiu em conteúdos diferentes para redes como Twitter e TikTok, e buscou aumentar a interação com o público. (Assista mais em: https://www.youtube.com/watch?v=z_jsQUHG3lc)

Bruna também deu dicas a mulheres que almejam ingressar no setor audiovisual: “ A principal dica é não ter medo de aplicar para as vagas, porque a gente sempre fica esperando estar 100% pronta para algum cargo. Outra dica: conversem com mulheres já destacadas no mercado e aprendam com elas. E construam o seu networking” .

Rosane Svartman                 

Roteirista de produções como Totalmente Demais, Bom Sucesso e Vai na Fé, Rosane Svartman finalizou a série de encontros apontando algumas recomendações para conquistar o sucesso na televisão. Para ela, o roteiro "deve ter ao menos uma reviravolta por semana e acompanhar os desejos dos telespectadores, de maneira o público preso na narrativa". Rosane lembrou que vários projetos seus foram recusados antes de obter o primeiro sucesso. "Isso é normal na indústria do audiovisual", tranquilizou aos estudantes, alguns deles empenhados em arrancar da roteirista pequenos spoilers sobre o rumos da novela Vai na Fé. (Veja completo em: https://www.youtube.com/watch?v=f1IVstsiDwc)

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Texto de Camila Perecmanis e Camila Oliveira


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