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Coordenadora de Estudos de Mídia destaca iniciativas para a formação híbrida

29/05/2023

Inspirado nos emergentes Media Studies de universidades internacionais, e idealizado com a participação de ex-alunos e profissionais de mercado, o curso de Estudos de Mídia nasceu em 2020 com o objetivo de propiciar uma formação em compasso com os desafios derivados das transformações digitais. Passados dois anos, a nova graduação acentua o repertório de atividades que potencializam a qualificação de um profissional híbrido e autônomo, alinhado à pluralidade de linguagens, meios, tecnologias. Integram este cardápio, destaca a coordenadora de Estudos de Mídia, Cláudia Pereira, a segunda edição da Mostraí, com filmes produzidos por estudantes, e o Tech Talks, série de encontros centrados nas interfaces entre comunicação e tecnologia.

“Desenvolvemos uma agenda para além das já tradicionais palestras de profissionais convidados pelos nossos professores”, enfatiza a professora. Cláudia ressalta ainda, na entrevista abaixo, que a formação híbrida é facilitada pela experimentação impulsionada nos novos laboratórios; pela articulação entre as ênfases de Publicidade e Comunicação Corporativa, Comunicação e Tecnologia e Cinema e Audiovisual; pela integração entre graduação e pós-graduação; e pelos percursos acadêmicos flexíveis, nos quais os alunos e as alunas ajustam as disciplinas aos respectivos planejamentos profissionais.   

 

Quais os destaques na agenda da graduação?

Cláudia Pereira: O curso de Estudos de Mídia vem programando uma agenda para além das já tradicionais palestras de profissionais convidados pelos nossos professores, eventos que já acontecem de forma sistemática em nosso Departamento há muito tempo, sempre lotando a sala K 102. Posso destacar o Tech Talks, série de apresentações feitas pelo professor Marcelo Alves, coordenador-adjunto da ênfase de Comunicação e Tecnologia, promovendo um bate-papo com os alunos sobre temas pulsantes, como Inteligência Artificial. Também teremos atividades sazonais voltadas para alunos de Ensino Médio. Planejamos começar com uma dinâmica conduzida pela coordenadora-adjunta da ênfase de Publicidade e Comunicação Corporativa, Cristina Bravo: envolverá um desafio de gerenciamento de crise dentro de um reality simulado, com a participação de alunos da Agencia.com, que, inclusive, deram a ideia do tema.

 

Qual a importância dos percursos flexíveis, oferecidos na graduação de Estudos de Mídia, para a formação do profissional híbrido, alinhado às demandas crescentes do mercado?

O curso Estudos de Mídia procura oferecer aos alunos e às alunas um percurso acadêmico flexível, sem a rigidez de uma grade de disciplinas “amarrada”. Apenas uma disciplina tem requisito. As demais são divididas em obrigatórias, optativas e eletivas. Mas o que dá o tom dessa flexibilidade são mesmo as matérias optativas. Correspondem a núcleos de disciplinas de onde os alunos podem fazer suas escolhas. É como um cardápio de possibilidades. A partir dessas escolhas, o próprio aluno conduz a sua trajetória de aprendizado, chegando até um conjunto de escolhas que fazem dele um profissional híbrido. Ou seja, um profissional capaz de se encaixar em diferentes lugares no mercado e de enfrentar, com muito mais consistência teórica e técnica, os desafios que a tecnologia da comunicação vem nos impondo, cada vez com maior velocidade. Acreditamos que esses percursos flexíveis facilitam a formação de um profissional híbrido e, não somente isso, autônomo com relação às suas escolhas.

 

De forma a articulação entre as ênfases também contribui para a formação desse profissional híbrido, autônomo, capaz de enfrentar os desafios impostos pela tecnologia da comunicação?

A grande novidade que o curso de Estudos de Mídia reside, principalmente, na ênfase de Comunicação e Tecnologia. Ela foi criada no sentido de atender a uma demanda do mercado e dos próprios alunos: criar espaços de aprendizado e de experimentação nessa articulação entre a comunicação e a tecnologia, principalmente a digital. Pensamos esta ênfase, portanto, não apenas como uma especialização, o que por si só já garante a empregabilidade dos formandos, já que o mercado carece de profissionais de comunicação com este perfil, mas também como uma forma de instrumentalizar as outras duas ênfases. Algoritmos, bancos de dados e inteligência artificial, por exemplo, são temas fundamentais para o cinema e para a publicidade.

 

 

Ainda sobre qualificação, que iniciativas reforçam em compasso com modelos internacionais de Media Studies, o alinhamento do curso de Estudos de Mídia da PUC-Rio aos rumos e às demandas de um mercado cada vez mais influenciado por linguagens e dinâmicas digitais?

Entre os núcleos de disciplinas optativas do curso de Estudos de Mídia, temos Workshop 1, 2 e 3, nas quais procuramos criar um espaço mais prático de aprendizado, com oficinas, mas também de interlocução com o mercado profissional, abrindo espaço para uma troca mais próxima com os alunos. A transversalidade da ênfase de Comunicação e Tecnologia também é um esforço no sentido de alinhamento do curso com as demandas do mercado. Os novos laboratórios promovem um ambiente de experimentação das linguagens digitais.

 

Além das experimentações que conjugam, nos laboratórios, teoria e prática, como a formação profissional é potencializada também pela integração com a pós e as atividades extensionistas?

Um dos princípios norteadores do curso de Estudos de Mídia é a integração da graduação com a pós-graduação, ou seja, com os estudos realizados pelos grupos de pesquisa dos professores-que atuam no Mestrado e no Doutorado de nosso Programa de Pós-Graduação em Comunicação do Departamento. Isso significa dizer que reforçamos a importância das bolsas de Iniciação Científica e Tecnológica que a Universidade disponibiliza aos alunos, como uma forma de apresentar a eles uma formação crítica e qualificada, complementando a sua formação mais técnica e profissional. A integração da graduação com a pós-graduação, na prática, acontece nos laboratórios vinculados aos grupos de pesquisa dos professores-pesquisadores, onde são realizados projetos voltados para fenômenos comunicacionais. Eles agregam temáticas diferentes, como culturas digitais, audiovisual, política, narrativas, consumo, culturas midiáticas juvenis, jornalismo investigativo, entre outros. O aluno é incentivado a participar desses laboratórios, todos de natureza acadêmica e científica. Alguns assumem uma perspectiva extensionista, ou seja, de projetos que buscam impactos sociais. A extensão universitária foi recentemente “curricularizada”, ou seja, as turmas que ingressam em 2023 terão 10% das horas cursadas dedicadas a atividades de extensão. Mas, para além dessa obrigatoriedade do Ministério da Educação, o curso de Estudos de Mídia entende que é seu papel, também, formar profissionais comprometidos com a sociedade. Neste sentido, criamos a disciplina Laboratório de Projetos de Extensão, cujo objetivo é estabelecer mais uma ponte do aluno com os laboratórios do Departamento de Comunicação e, por consequência, com a sociedade.

 

Que recomendações você faz aos alunos e às alunas de Estudos de Mídia para potencializarem seus percursos acadêmicos e construírem a qualificação desejada?

O curso de Estudos de Mídia ainda está em construção, já que sua primeira turma se forma apenas em 2024. Então, é natural que estejamos todos, alunos e professores, aprendendo um novo modo de olhar para a Comunicação. É desafiador, mas é também muito estimulante construir esse curso coletivamente. Por ser desafiador, é importante que os alunos conheçam a Tutoria, um serviço que prestamos a todos aqueles que precisaram de ajuda para desenhar o seu percurso pela grade de disciplinas. Por oferecermos muitas opções e possibilidades, é comum que os alunos se sintam, num primeiro momento, perdidos. Por isso, aconselhamos sempre uma proximidade com as coordenações e com a Tutoria.


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