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Ex-aluno da PUC-Rio explica como desenvolveu mochilas filtradoras de água durante projeto na faculdade

O representante da startup Água Camelo e ex-aluno de Design da PUC-Rio, Rodrigo Belli, veio à Universidade a convite do professor André Trigueiro. Ele compartilhou como desenvolveu seu projeto de entrega de mochilas filtradoras de água para populações em situação de vulnerabilidade social. A iniciativa começou durante uma aula do curso de Design da PUC e consiste na venda do serviço para empresas que desejam diminuir o impacto socioambiental. Desde de 2018, quando o projeto foi criado, foram atingidas mais de 12 mil pessoas e distribuídos mais de mil kits.  

A ação começa antes da distribuição dos kits. O grupo desenvolve um diagnóstico sobre as comunidades e avaliam o KPI (indicador-chave de desempenho). Criam oficinas para mostrar como funciona a mochila e como conservá-las durante seus 2 a 5 anos de obsolescência programada. Junto a representantes locais de cada comunidade, acompanham os impactos do projeto e avaliam os resultados.

“O que a gente faz hoje em dia é impulsionar o impacto de grandes empresas com uma solução integrada de ponta a ponta. A gente gera esse impacto através do acesso a água tratada para populações em situação de vulnerabilidade social, tanto nas favelas quanto no semiárido e na floresta amazônica”, explicou Belli.

Rodrigo explicou que precisou fazer um projeto de Design durante o quarto período da faculdade com outros quatro integrantes, que depois do período letivo decidiram seguir outros rumos. Com incentivo de professores da PUC-Rio deu início ao Água Camelo.

Ele ainda comentou sobre suas metas para a empresa. Rodrigo pretende garantir um copo de água limpa para pelo menos 3% das 35 milhões de pessoas que não tem acesso a água potável no Brasil.

“Em dois anos, queremos impactar um milhão de pessoas, porque a gente começa a trazer novos clientes para se engajar nesse processo de universalização do acesso a água tratada no nosso país. Hoje em dia a gente trabalha com algumas das maiores empresas, líderes de mercado, AmBev, Coca-Cola e Unicef. ”

Ao questionado sobre planos internacionais, Belli explicou que o foco principal é o Brasil. Ainda alertou sobre dados atuais de escassez de água nas escolas do país; 26% não têm água encanada.

“ Quando a gente olha para o Brasil, talvez seja o pais que mais precisa de agua no mundo inteiro. Todo mundo que pode, tem um filtro em casa, e quem não tem, gostaria de ter.”

 Texto: Camila Oliveira e Camila Perecmanis