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Bergman abraça o contemporâneo em coletânea organizada por professores da Comunicação

A vasta programação alusiva ao centenário de Ingmar Bergman, em 2018, rende desdobramentos até hoje. Eles reforçam a contemporaneidade do cineasta sueco, ecoada nos 16 artigos inéditos do recém-lançado Rostos de Bergman: vida e morte em um plano (Editora PUC-Rio). Organizada pelos professores do Departamento de Comunicação Gustavo Chataignier, Liliane Heynemann e Tatiana Siciliano, também diretora do departamento, e por Luiz Baez, egresso do mestrado, a coletânea transita por faces estéticas, políticas, históricas da filmografia do icônico diretor. O painel evidencia por que Bergman influenciou gerações de cinéfilos e segue atual. de quebra, o trecho final da antologia traz a última (e incompleta) publicação do professor e crítico de cinema Miguel Pereira (1940-2019), a quem os autores dedicam o livro.

O livro está disponível gratuitamente online. Compila textos de acadêmicos da PUC-Rio e outras instituições de ensino, e de críticos filiados à Abraccine e à ACCRJ. Apresentados em blocos temáticos, cada qual referente a duplas de filmes, os artigos derivam do seminário homônimo, organizado em 2018 na PUC-Rio. Chataignier conta como surgiu a ideia:

"Tudo começa com a cinefilia, com a paixão pelos filmes – e pelas amizades que isso produz. Por outro lado, seguimos, impactados, fiéis aos acontecimentos fílmicos. A data redonda veio a calhar: nada melhor do que o centenário desse que é um dos maiores realizadores da história, em 2018. Com a professora Liliane Heynemann e o então mestrando Luiz Baez, iniciamos as conversas e a produção. Tudo em tom de alegria, pois se a finalidade era oferecer algo representativo e adequado às condições de exibição e debate, também escolhíamos filmes e temas que literalmente amamos. Some-se a isso o apoio recebido pelo Departamento de Comunicação, em especial do professor Miguel Pereira, a quem o livro é dedicado. A professora Tatiana Siciliano, hoje diretora do Departamento, se juntou a nós, enriquecendo as discussões".

Chataignier explica por que a obra estrturura os filmes abordados em eixos temáticos, agrupados em duplas:

"Em uma primeira exposição, há um quadro mais histórico, enquanto a segunda abordagem é mais exegética. Nesse sentido, fomos brindados com uma miríade de interpretações, oriundas dos mais diversos saberes: estudos fílmicos, teoria da comunicação, filosofia, psicanálise, estética, antropologia, estudos culturais, história etc. É digno de nota a participação de pesquisadores de diversas instituições. Esperamos, por fim, que essa pequena contribuição possa interessar novos amantes do cinema", projeta, em tom de convite.

Mais informações: http://www.editora.puc-rio.br/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm?infoid=751&sid=3.