Estratégias de marketing, quando pautadas em pesquisas com o consumidor, assumem um caráter mais assertivo. Assim constata no dia a dia profissional o associate manager da SC Johnson, Vinicius Ribeiro, responsável pela comunicação com o público da empresa que atua no mercado de produtos de limpeza. Convidado pela professora Cláudia Brutt, ele mostrou aos estudantes da disciplina Planejamento Estratégico, como o mercado de desinfetantes no Brasil tem relação direta com "a cultura de muitas donas de casa de lavar o chão utilizando componentes líquidos".
Ribeiro destaca, em curta entrevisa depois da palestra, a importância da análise de cenário e da jornada de consumidor para o sucesso sustetado de uma marca. Ele também recomenda, aso estudantes, aproveitarem o percurso universitário para abrir portas no mercado e experimentar diferentes culturas irganizacionais.
Até que ponto a análise ambiental do mercado contribui para o planejamento estratégico de comunicação e a adesão dos consumidores?
A pesquisa que fizemos sobre o cenário de consumo é utilizada até hoje como insights para futuras produções. Hoje em dia, para manter o dinamismo, as empresas adotam alterações cada vez mais rápidas: do nome, dos rótulos, até dos produtos. Em casos como o nosso, foi muito importante saber o momento de esperar, continuar a venda dos produtos que já estavam no mercado, e aprovar pesquisas para criar um plano personalizado. A busca pela Lysoform como está hoje foi construída com mudanças anuais nas embalagens ao longo seis anos. Esse processo cauteloso, que gerou resoltados positivos, envolveu aspectos como o entendimento do mercado consumidor e dos concorrentes nesse setor, a história dos anúncios e os fatores que diferenciam a marca.
Considerada a versatilidade do marleting, o aprendizado sobre a jornada de consumo adquire um peso central para o sucesso de uma marca?
A ideia que temos no começo é a de que vamos trabalhar em grandes agências multinacionais, quando nosso trabalho abrange até os encartes distribuídos pelas ruas. Quem trabalha bem, normalmente tem uma conexão maior com os consumidores e com os próprios conceitos de marketing, que podem ser aplicados em diversas vertentes. Eu não tinha uma conexão pessoal com os produtos de limpeza em si. Até por isso, achei muito interessante participar das entrevistas com o consumidor, aprender sobre os hábitos dos brasileiros e a aplicação dos conceitos de marca, para desenvolver a percepção de valor de que precisávamos.
A formação híbrida, que estreita a relação da publicidade com administração, entre outras áreas, se torna essencial à construção da carreira?
Durante a minha graduação em Publicidade e Propaganda, eu tive matérias em finanças que me deram uma visão básica do assunto. Dentro da Johnson, a minha área de marketing tem como objetivo a entrega de resultados financeiros, ou seja, o aumento da lucratividade da empresa. Então, eu precisava ter um olhar mais abrangente dentro dos negócios, para conseguir construir os planejamentos. Mas não é uma recomendação fixa a junção das duas áreas, já que empresas lidam de formas distintas com a contratação de um profissional. A aproximação com a comunicação também é muito comum.
Que recomendações você faz aos futuros profissionais da área?
Prrocurar as oportunidades que surgem durante o percurso da própria universidade, que acaba abrindo muitas portas para participar de processos seletivos. Fui efetivado antes de concluir a minha graduação. Organizações como a Johnson investem em estagiários que tenham tempo de se desenvolver dentro da empresa e aprender durante o trabalho. Este contato direto é uma forma de qualificação, até para se ter a liberdade de mudar e conhecer outros ambientes.
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Texto: Joana Macedo
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