A doutora em comunicação e professora de Cinema Mariana Baltar, veio a convite da professora Carolina Amaral conversar com os alunos da PUC-Rio sobre a cultura do excesso no audiovisual. O elemento cultural é formado por cores quentes, repetições, close-ups, trilha sonora, iluminação, cenários, figurinos e gestuais, articuladas por distintos gêneros e obras, que ajudam a capturar a atenção do público através de aparatos sensoriais, os cinco sentidos.
A professora sintetizou que a estética do excesso é tradicionalmente associada aos gêneros do corpo, como melodramas, horror e pornografia, onde o corpo é uma performance de estados sensoriais. Ela detalhou como chamar a atenção do público com corpos em cena, a partir de engajamentos afetivos, sensoriais e passionais.
Baltar distinguiu o excesso por reiteração e por saturação. Afirmou que o primeiro é uma forma de intensificação do tecido fílmico para singularizar e super dramatizar símbolos costurados na narrativa. Já o segundo, são formas de intensificação do corpo fílmico que evocam uma vertigem associativa.
Um dos exemplos de excesso usados por Mariana foi a repetição de músicas quando aparece um certo casal em algum filme ou novela. “Toda vez que aquele par amoroso aparece, aquela música toca. Típico da cultura do excesso”, explicou.
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Texto de Camila Oliveira
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